Busca por palavras

domingo, 31 de outubro de 2010

Desabafo de um nordestino que votou no Serra

Passou. Meses a fio com uma neurose insuportável. Acho que mais um pouco e eu ia enfartar... Sempre fui uma pessoa que não consegue ficar calada quando ouve injustiças, baboseiras, heresias, mentiras e tudo mais que não edifica sem falar a verdade doa a quem doer. No primeiro turno votei na Marina, claro, evangélica, conceituada como defensora do meio ambiente, uma opção tanto dos “religiosos” como dos que não creem em Deus, mas creem na educação, por mais que isso seja uma contradição... Votei com entusiasmo, consciente, com alegria, pois sabia que minha candidata merecia e merece meu voto! Marina não foi para o segundo turno, mas ficou a impressão de que o Brasil ainda tem jeito (creio nas profecias, mas entendo que nossa luta deve ser sempre pra melhorar as coisas, pois só Deus sabe quando certas profecias vão acontecer).

No segundo turno não tivemos muitas opções, era o péssimo ou o ruim e acabei por optar pelo ruim, isso segundo os meus critérios, mesmo que alguns os tenham por atrasados. A religião deve ficar separada do Estado, dizem eles, mas esquecem que a população não é laica, mas sim o Estado, e podemos escolher nossos representantes levando em consideração pontos que se relacionam a valores que se confundem com a religião, como por exemplo a liberação de novos casos em que o aborto possa ser feito, o casamento homossexual, etc.. Votei em José Serra mesmo morando no reduto dos petistas, o Nordeste. Não pedi votos para o Serra como pedi para Marina, não foi uma defesa apaixonante, nem mesmo o defendi para todos os meus próximos, no máximo, respondi que votaria nele e fui muitas vezes criticado. Votar no PSDB aqui no Nordeste é como afirmar que Maradona jogou mais que o Pelé, é quase uma heresia para alguns evangélicos e um crime para outros, pois para eles os Peessedebistas sãos uns assassinos do povo...

Quando o PT chegou ao poder eu, como fui doutrinado a votar o PT, comemorei, mas não pude votar no Lula, pois só poderia votar na sua reeleição, não tinha completado 16 anos ainda. Aos 18 fui contemplado com uma bolsa de estudos do Prouni, ainda estou cursando faculdade como resultado desta oportunidade dada pelo Presidente Lula a mim, isso eu não não posso deixar de reconhecer. Lula ajudou muita gente a subir de vida, principalmente aqui no Nordeste. Ele conseguiu equilibrar os investimentos, apesar de que grande parte do que havia sido prometido para o Ceará foi pra Pernambuco... De uma situação de extrema necessidade aqui em casa, nesses oito anos passamos a ser pessoas prósperas. Não temos tudo, mas temos o necessário.

Porém alguém poderia estar se perguntando o porquê de eu ter começado esse comentário dizendo que os dois candidatos, incluindo a Dilma, são ruins e estar agora elogiando o PT. Na verdade, a minha avaliação do Governo Lula foi muito mais a fundo. Não faço como Edir Macedo que, em nome da Prosperidade, defende o aborto e vota em Dilma que também é uma defensora inveterada desse ato que considero abominável, matar um inocente nunca será bom, em hipótese alguma! Além de defender o aborto, Dilma, seguindo a linha de seu partido, defende, ou no mínimo consente com quem apoia a liberação do uso da maconha (ideia defendida pelo Ministro Minc). Seu partido elaborou a PL 122/2006, tem lutado contra a liberdade de imprensa, por exemplo, com o projeto de lei da Deputada Raquel Marques aqui no Ceará, entre outras coisas que o pessoal do PT acha irrelevantes como o aumento da corrupção, violência e sucateamento das escolas e hospitais. Para os defensores do PT, Lula roubou pouco e fez muito, então vamos deixar a Dilma roubar mais um pouco e fazer mais “coisas boas” pelo povo...

Na minha concepção, quem votou na Dilma não difere muito de quem votou no Tiririca, meu conterrâneo, mas que não mereceu os votos que levou. Dilma foi uma candidata ruim que foi eleita porque foi apoiada por Lula, o filho do Brasil... Brasil de violência, deseducação, doença e corrupção. Pra mim as coisas boas que ele fez não servem como mérito para que um candidato apoiado por ele seja digno de votos. No máximo o Governo Lula merece meus aplausos pelos avanços e minhas críticas pelos erros gravíssimos que cometeu além de meu repúdio que se concretizou quando votei no Serra. Quem diria, eu votar no Serra...

Acabou. Dilma foi eleita e não desejo o mal a ela nem ao Brasil. Quero mesmo que ela seja uma boa ”presidenta”. Que ela roube menos, erre menos, eduque e cuide mais da saúde do povo. Que combata o narcotráfico e defenda nossa terra amada! Que o Brasil cresça mais, D. Dilma. É isso que eu desejo. Nós como igreja estamos orando pela senhora e a respeitaremos como nossa presidente. Que as diferenças sejam respeitadas como prega seu partido e que possamos compartilhar de nossa fé com os perdidos. Que possamos com liberdade mostrar aos perdidos o Caminho da Salvação sem sermos taxados de preconceituosos. D. Dilma, desejo que seja uma boa presidente para o bem do Brasil e que a voz do povo seja respeitada. Que a liberdade de expressão que me permite escrever este texto possa ser resguardada. Que o Brasil cresça economicamente e espiritualmente, ou pelo menos, que não se perca o resto dos valores cristãos que ainda temos.

Respeitosamente,

Clébio Lima de Freitas

sábado, 30 de outubro de 2010

Reforma Protestante. 493 anos depois...


A história é antiga, os problemas são atuais. 31 de outubro de 1517, Lutero, um homem que pensava e refletia sobre o cristianismo de sua época, fincou suas 95 teses na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg na Alemanha. Os assuntos não eram novidades, ele simplesmente defendia que os cristãos seguissem a Cristo antes de seguir às tradições de seus tempos. Com sua astúcia, influenciou não só o cristianismo, mas trouxe até nós a liberdade de expressão, derrubou novamente, por assim dizer, o véu que mais uma vez os “sacerdotes” haviam erigido para separar as pessoas de Deus (Mt 27.51; Hb 10.19; Mt 23.17). Defendia que a Bíblia fosse lida por todos, pois ela, somente ela, segundo ele, tem autoridade sobre os salvos, alguém discorda? Defendia que a salvação é em Cristo e não na igreja-fulana-de-tal e que tal salvação não pode ser comprada, negociada ou barganhada, pois não vem de nós, é dom de Deus e só a tem quem crê em Cristo e em sua Palavra (Ef 2.8). Defendia que os cristãos não deviam ser mundanos, sendo levados pelo modo de viver da maioria (Rm 12.2). Defendendo tais valores, foi excomungado da Igreja Católica Apostólica Romana, mas continuou defendendo o Evangelho influenciando uma nova ramificação do cristianismo, o Protestantismo, assim chamado pela primeira vez por protestar contra os desmandos da igreja na época.

Hoje os problemas, como já disse, são os mesmos, mesmo em meio ao protestantismo. Os ídolos podem ser outros, mas estão por aí, nos púlpitos e programas de TV, internet, etc.. As indulgências são diferentes, mas têm sido cobradas e pagas aos montões. O sectarismo continua, e muitos, mesmo afirmando que creem que é Cristo que salva, voltam a afirmar a triste frase: “Só a minha igreja vai ao Céu”. O mundanismo está maior e muitos afirmam descaradamente aos que ainda resistem e rejeitam: “Não tem nada a ver! Jesus me ama do jeito que eu sou e se ele quiser, ele mesmo me conserta”, isso é bem verdade, mas a salvação depende da graça de Deus e da resposta do homem a esse favor, se esforçando, rejeitando o mundo, contrapondo-se a sua própria natureza (Rm 12.2; Fp 12.2; 1 Tm 4.16; Jo 8.11).

493 anos depois (aniversário a ser comemorado no dia 31 de outubro de 2010), o que fazer pra revertermos esta situação? A mesma coisa que Lutero fez, anunciar a Verdade, Cristo, a Salvação. Devemos orar por nós mesmos e pelo mundo perdido que acha que conhece a Cristo, mas não o conhece! Vamos reverter tal situação? As Escrituras dizem que o mundo jaz no maligno (1 Jo 5.19) e que caminha para um período de tremenda tormenta (ler Mt 24) mas, enquanto a igreja não é arrebatada, em meio à mornidão espiritual certamente haverá um povo no qual se cumpre a profecia de Joel reafirmada por Pedro:

“E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, Que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; E os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, Os vossos jovens terão visões, E os vossos velhos terão sonhos; E também do meu Espírito derramarei sobre os meus servos e as minhas servas naqueles dias, e profetizarão; E farei aparecer prodígios em cima, no céu; E sinais em baixo na terra, Sangue, fogo e vapor de fumaça. E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.” (At 2.17-21).

Podemos destacar também o que Pedro afirma sobre este mesmo derramar do Espírito:

“Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar. ” (At 2.39).

Logo, apesar de vermos que as coisas pioram no geral, para o povo escolhido de Deus haverá avivamento e a Palavra de Deus ainda será pregada. Deus nos chama para sermos os novos Luteros para que anunciemos as verdades defendidas pelas Escrituras.

Em Cristo,

Clébio Lima de Freitas

sábado, 16 de outubro de 2010

O Amor de Deus e o amor dos homens

“Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” (Romanos 5:8)
Muito se tem falado sobre o amor. Novelas, filmes, livros, a mídia em geral sempre lança aos olhos e ouvidos dos expectadores músicas, contos, fábulas, histórias reais ou fictícias sobre a força do amor levando muitos a momentos de extrema emoção. Amor é um tema que sempre empolga e sensibiliza a muitos. No entanto, ao contrário do que se fala nas TV's, o mundo tem-se afundado, não no amor, mas em tudo que é contrário a ele. Mas o que é o amor? De que forma ele se manifesta? Como demonstra-se o amor? Vamos fazer uma análise bíblica sobre este assunto comparando a nossa forma de amar com a forma de amar de Deus.

Quando a Bíblia trata do amor ou caridade, dependendo da versão, sempre dá a entender que esse amor deve ser demonstrado, veja, por exemplo, o versículo que usei como introdução: “Mas Deus prova o seu amor...”, logo, devemos entender que o amor verdadeiro sempre estará patente, nunca obscuro, mas logo entende-se que ele é real pelos seus efeitos, ou pela atitude de quem o possui. Teologicamente falando o amor é uma característica humana herdada de Deus, pois fomos feitos à sua imagem e semelhança (Gn 1.26), porém com a presença do pecado nossas características provenientes de Deus foram enfraquecidas, assim, o pecado tonou-se presente em todos os homens (Rm 3.23), em Isaías 64.6 está escrito: “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades como um vento nos arrebatam.”. Nenhum homem escapa dessa realidade (1 Jo 1.8). Daí subentende-se o porquê de tanta injustiça e criminalidade no mundo, isso é um reflexo da natureza humana que é sempre voltada para o pecado.

Porém veja como Deus reage a essa atitude sempre voltada ao pecado, do homem: Deus nos amou. De que forma ele nos amou? Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores! Essa atitude de Deus em fazer-se carne, habitar entre os homens e morrer pelos pecados da humanidade foi a única maneira de o homem voltar a ter comunhão com Ele, isso porque o salário do pecado é a morte (Rm 6.23), logo sendo Deus amor, mas também justiça, pela sua própria natureza de justiça julgará a cada um segundo as suas próprias obras. Sendo o homem por natureza pecador e Deus por natureza justo, Deus não poderia deixar de julgar ao homem de maneira justa, ou seja, condenando-o. É aí que se manifesta o grande amor de Deus, ele se fez homem, para que pela sua morte, ou seja, a morte do único homem absolutamente justo, os pecados dos homens pudessem ser depositados sobre ele, que morreu uma morte substituta por todos. Assim, todos os homens têm acesso à graça de Deus, pois seus pecados já foram pagos. Por Adão, um homem, entrou o pecado no mundo, também por Cristo, um homem, veio aos homens a vida eterna (1 Cr 15.21; Rm 5.19). Sem Cristo, a humanidade jamais conhecerá paz verdadeira. Se o Ocidente hoje afirma conhecer a Cristo, mas vive nesta imoralidade em que se encontra, mostra-se como uma comunidade candidata a naquele dia ouvir de Cristo: “Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.” (Mt 7.23). Não deve ser Cristo apenas mais um nome, mais um objeto de veneração, mas o único que pode nos levar a Deus, pois morreu por nós, ressuscitou e intercede por nós (Jo 14.6; Rm 8.34). A graça de Deus se manifesta transformando o homem e não apenas dizendo, eu lhe perdoei dos seus pecados e vou lhe perdoar sempre, por isso continue pecando e vivendo à sua maneira. Cristo nos perdoa e nos dá força pra fazermos sempre sua vontade e não a nossa (Jo 8.11). Não estaremos livres de pecar absolutamente nesta vida (1 Jo 1.8), mas Cristo nos dá graça pra vivermos de maneira santa e para sabermos onde pecamos e nos reconciliarmos com ele sempre que cairmos em tentação (1 Jo 2.1).

Compare agora o amor que você sente por um ente querido e até mesmo por Deus com o amor que Deus demonstrou sentir por você. Sentiu a diferença? Também pudera: Deus é Eterno, o homem teve início; Deus é Onipotente, o homem é frágil; Deus é Onisciente, o homem não conhece a si próprio, muitas vezes; Deus é Onipresente; o homem é limitado; Deus é Amor, o homem, apesar de não amar como Ele, por Ele é amado!

Em Cristo,

Clébio Lima de Freitas

terça-feira, 12 de outubro de 2010

O que é Pentecostalismo

O vocábulo Pentecostes que origina o termo Pentecostal deriva da palavra grega penteekostos e significa quinquagésimo ou cinquenta, pois era uma festa judia que acontecia cinquenta dias após a páscoa, essa festa também era chamada de Festa das Semanas (Ex 34.22), Festas das Colheitas (Ex 23.16) e Dia das Primícias (Nm 28.26)¹. O movimento aderiu a este termo, pois segundo o livro de Atos dos Apóstolos, Cristo após ressuscitar ordenou aos discípulos que ficassem em Jerusalém até do alto receberem poder para testemunharem dele (Lc. 24.49; At 1.8), assim a promessa se cumpriu exatamente no dia de Pentecostes marcando o início da colheitas das almas para o reino de Deus assim como a festa das colheitas que marcava o início da colheita no campo.

O Pentecostalismo é uma ramificação do Cristianismo que possui fundamentos provenientes da Reforma e várias influências de movimentos que protestaram contra o mundanismo e formalismo em que o Cristianismo se afundava através da história. Desde o Montanismo de Tertuliano ainda nos tempos da igreja primitiva até os movimentos como o Pietismo e o Metodismo já após a Reforma, muitos experimentaram manifestações sobrenaturais resultantes da busca por avivamento em meio à mornidão da igreja. Na história da igreja pode-se constatar manifestações como línguas estranhas, profecias, revelações, curas e milagres², logo percebe-se que as manifestações do Espírito não ficaram restritas aos tempos em que os doze apóstolos de Cristo andavam sobre esta terra, de acordo com o que está escrito em passagens bíblicas como At 2.39.

O pentecostalismo distingue-se das igrejas reformadas principalmente no que tange aos dons do Espírito, já que entendem que tais manifestações permanecem disponíveis e operantes na igreja até hoje, enquanto que para os reformados, tais manifestações não persistem, mas ficaram restritas aos “tempos apostólicos”. Sobre a questão do Batismo no Espírito Santo e dos dons do Espírito, o credo das Assembleias de Deus no Brasil assevera: “Cremos: […] 9. No batismo bíblico no Espírito Santo que nos é dado por Deus mediante a intercessão de Cristo, com a evidência inicial de falar em outras línguas, conforme a sua vontade (At 1.5; 2.4; 10.44-46; 19.1-7). 10. Na atualidade dos dons espirituais distribuídos pelo Espírito Santo à Igreja para sua edificação, conforme a sua soberana vontade (1 Co 12.1-12).[…]”. Essa questão envolve muita polêmica, já que o assunto é complexo, mas de forma simplificada, esta é a posição da grande maioria dos pentecostais no mundo.

É consenso entre os estudiosos que o pentecostalismo moderno teve início em 1906 com a pregação simples de um negro norte-americano chamado William J. Seymour. Era ele um Metodista adepto do Movimento de Santidade que, influenciado por Charles Parham, pregava uma mensagem que chamou a tenção da imprensa na época, uns chamavam aquilo de uma grande mentira e alguns creditavam tais manifestações a Satanás. O certo é que a igreja da rua Azuza em Los Angeles influenciou inúmeras outras e enviou missionários a todo o mundo levando consigo a mensagem pentecostal favorecendo assim o crescimento dos protestantes em países onde até então possuíam predominância católica e hoje despontam como grandes favoritos a se tornarem países de maioria protestante no futuro. O Pentecostalismo é uma das ramificações do cristianismo que mais cresce no mundo4.

O movimento pentecostal já completou seu primeiro centenário e no Brasil completará cem anos em 2011. É formado por diversas denominações, sendo que no Brasil é representado principalmente pelas Assembleias de Deus e possui já grandes expoentes em se tratando de teólogos, entre eles os norte-americanos: Stanley M. Horton, Anthony D. Palma, Willians Menzies e Orlando Boyer; os ingleses: Myer Perlman e Donald Gee; e os brasileiros: Antonio Gilberto, Elienai Cabral, Claudionor Côrrea de Andrade, Paulo Romeiro, Esdras Bentho, Esequias Soares e Ciro Sanches Zibordi. Tais teólogos têm insistido em discorrer sobre a veracidade da doutrina pentecostal como sendo bíblica bem como sobre o correto uso dos dons do Espírito e certamente têm contribuído muito para o amadurecimento do pentecostalismo dando-lhe um caráter mais teológico. Teólogos pentecostais têm contribuído bastante para a apologética cristã destacando-se como grandes opositores da Teologia da Presperidade entre outras heresias da atualidade.

Referências:

[1] Paulo Romeiro. Decepcionados com a Graça. São Paulo: Mundo Cristão, 2005, p. 22.
[2] Antonio Gilberto. Verdades Pentecostais. Rio de Janeiro, RJ: CPAD, 2006, p.37.
[3] Idem. p.44.
[4]Crescimento pentecostal é o fenômeno religioso mais significativo na AL. Disponível em: http://www.adital.com.br/Site/noticia2.asp?lang=PT&cod=8240. Acessado em: 12 de outubro de 2010.

sábado, 9 de outubro de 2010

Nossa Esperança e a esperança deste mundo.

"Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça."(2 Pe 3.13)

Em época de eleição, quando nos aflora um sentimento político quase que irresistível, me deparo com uma grande contradição na qual a igreja tem mergulhado. Pastores, cantores, congregados, cristãos em geral têm-se candidatado e alguns têm sido eleitos com a missão de melhorar a vida das pessoas, uma proeza ainda não atingida de forma absoluta em época alguma da história da humanidade. Alguns citam casos bíblicos como José, filho de Jacó que governou o Egito, estando abaixo apenas de Faraó como comandante daquela terra (ler Gn a partir do cap. 37), citam também Pv 29.2 que faz uma comparação entre o governo do justo e o do ímpio, e por aí vai. A história já provou que se pode usar a Bíblia como pressuposto pra o que se quiser, que dirá Hitler... Mas até que ponto é saldável que o povo de Deus esteja tão apreensivo com relação à política a ponto de pregadores acusarem candidato A ou B com tanto fervor em pleno púlpito? Nossa preocupação deve ser mesmo esta? Esses dias ouvi de uma mendiga que pedia esmolas em frente a um templo pretensamente cristão que ateou fogo em si mesma. O que tem acontecido com nosso cristianismo? Não será uma inversão de valores que nos tem feito olhar para o lado errado? Temos orado para buscarmos poder do alto? Temos anunciado a Mensagem da Cruz? Temo-nos esforçado para que os incautos venham a conhecer a Palavra da Verdade? Como disse o Pr. Silas Malafaia hoje pela manhã em seu programa, as nossas obrigações como servos de Deus não anulam as nossas obrigações como cidadãos desta terra, logo é importante termos consciência sobre em quem vamos votar e diga-se de passagem, como tem sido complicado determinar quem é "menos pior" nesta história... Porém, não podemos deixar que esse dever cívico nos faça esquecer que temos uma obra maior a realizar nesta terra, a de levar os perdidos ao conhecimento da verdade em Cristo Jesus! Quais têm sido nossas preocupações nestes últimos dias? Temos buscado salvar os perdidos do fogo (Jd 1.23), cuidar dos desamparados (Tg 1.27) e pregoar-lhes as Boas Novas de Cristo (Lc 8.1)? No texto que usei como introdução para esta reflexão, o Apóstolo Pedro nos afirma que esperamos novos céus e nova terra em que habita a justiça, logo devemos estar conscientes de que não haverá um Céu neste mundo, pois ele será mudado e só então habitaremos num lugar de justiça, portanto a política não vem para resolver os problemas, mas para diminuí-los por um pouco de tempo antes que as profecias se cumpram e finalmente Céus e Terra sejam uma mesma grei. Não esqueçamos que o Reino de Deus não é deste mundo (Jo 18.36). O que quero salientar aqui é que é bom que homens e mulheres influentes no mundo evangélico deem suas opiniões sobre política e eté digam quais sejam seus candidatos, mas peço que não esqueçam que a salvação dos perdidos é mais importante que nosso dever cívico! Para terminar, faço um apelo, vote no candidato que você considerar mais preparado e que será mais benéfico, ou menos manlefico, para a sociedade como um todo e continue realizando seu dever de cristão enquanto não é decidido o destino de nossa nação, pois quem está perdido continua necessitado de salvação.


Com temor e tremor,

Clébio Lima de Freitas

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